Os “D´s” do Foco e Posicionamento Estratégico. Enfim, o Planejamento Estratégico acontece quando a organização se permite vivenciar um processo de repensar sua existência. Quando realmente tem coragem de mudar a partir da identificação de um horizonte futuro. Ele acontece através da indagação e resposta de questões básicas:
Onde estamos?
Como estamos?
Para onde iremos?
Como iremos?
A questão “onde estamos” visa determinar o posicionamento atual da instituição, sua situação quanto a estrutura organizacional, programas e realizações.
A questão “como estamos” define um diagnóstico situacional com forças e fraquezas internas e oportunidades e ameaças externas (FOFA).
A questão “para onde iremos” visa determinar as expectativas diretivas com relação ao futuro da organização. Onde se quer chegar?
Por fim, a questão “como iremos” visa determinar os meios e os recursos necessários para a instituição atingir os seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Acredito ser de fundamental importância para todos, a internalização das reflexões realizadas. Seu exercício mental será buscar analisar o cenário apresentado para aplicar as ferramentas e métodos aprendidos até então. Um belo Planejamento Estratégico depende de sua disposição para aprender com o futuro, rompendo paradigmas do passado – um tempo que já acabou levando com ele certezas e valores que não combinam com o espaço do futuro. Cada pessoa na organização precisa se entregar ao aprendizado individual e institucional. Passado, Presente e a Administração do Futuro, construindo assim uma nova história para a Organização. A proposta deste trabalho é, portanto, desmistificar a prática do planejamento estratégico. Para tanto, a incorporação de um modelo próprio de Planejamento Estratégico nas instituições, não importa o tipo ou o tamanho, pode e deve ser facilitada. Não é mito. É sim, um grande desafio. É puramente formal a discussão sobre a fixação de formulações estratégicas para as organizações. Pois, métodos, ferramentas e vocabulário estratégico, só a ajudarão a competir pelo futuro se houver uma liderança efetiva. A liderança efetiva tem sido definida como um processo de conduzir as pessoas que colaboram com o funcionamento da organização, em uma determinada direção, compartilhando visão de futuro e conseguindo apoio e compromisso com a construção do futuro planejado. Em qualquer organização, a liderança diretiva é a chave para compatibilizar os objetivos organizacionais com os objetivos pessoais do corpo de líderes, e membros das equipes. Neste delicado equilíbrio de inter-subjetividade, onde os objetivos são integrados, o papel da alta liderança é uma peça essencial no processo de transformação das lideranças. Este estudo tem por finalidade o desenvolvimento de líderes visionários, diretivos e efetivos. Pessoas que tenham pensamento estratégico e que conduzam à estratégia a partir da implementação do aprendizado institucional. Como este tópico é uma síntese da fundamentação do Planejamento Estratégico, vale a pena alguns lembretes que concluem o nosso grande Desafio. Quero compartilhar com o caro leitor dez “D’s” do Posicionamento e Gestão Estratégica da Qualidade nas organizações. Um jeito de evidenciar a necessidade de realização do processo de construção do planejamento sem imediatismo. Não devemos queimar etapas sem pensar muito bem sobre essa decisão.
6.1. Os 10 D’s da Formulação Estratégica:
Decisão da Alta Administração: a) Decidir que metodologia usar para o Posicionamento Estratégico. b) Consolidar o Marco Referencial (caracterização da organização e sua moldura ambiental). c) Definir Perfil da organização e os níveis de relacionamentos das lideranças.
Diretrizes Estratégicas de Ordem Superior: a) Missão, b) Visão de Futuro, c) Crenças e Valores, d) Política da qualidade, Macro políticas e Políticas Funcionais (depende do tamanho da instituição), e) Objetivos Institucionais e Permanentes.
Determinação de uma Equipe de “Arquitetos do Futuro”: Um grupo que deverá aprender como trabalhar em time e treinado na elaboração e aplicação de uma metodologia institucional, utilizando técnicas, instrumentos e modelos científicos para a Formatação do Documento de Premissas da Instituição, ou seja, um Planejamento Estratégico construído com arte, técnica e espírito guerreiro. Um documento com a “cara de instituição”.
Discussão Coletiva: a) Para reconstrução conceitual das Diretrizes Estratégicas, b) Para levantamento de dados e fatos que subsidiarão a Avaliação Organizacional (cenários futuros, ambiente competitivo e ambiente interno)
Diagnóstico Institucional com análise crítica de dados e fatos: a) Relativos ao aprendizado institucional de pessoas avaliando suas competências, b) Relativos à produtividade dos processos internos (índices de melhoria organizacional através da otimização do fluxo do trabalho), c) Relativos ao índice de satisfação dos clientes externos e internos, da imagem institucional e posicionamento no cenário de sua existência, d) Relativos aos indicadores de Qualidade (institucionais e setoriais), e) Relativos aos resultados planejados.
FOFA
AMBIENTE INTERNO | AMBIENTE EXTERNO |
Forças | Oportunidade |
Fraquezas | Ameaças |
Obs.: A situação atual da Instituição |
Definição e Consolidação de Objetivos Institucionais para um possível reposicionamento, e desdobramento dos mesmos em estratégias, metas e ações.
Desdobramento de metas e ações estratégicas em Programas e Projetos através do gerenciamento por equipes (processos integrados e gestores dos processos chaves vivendo a relação cliente e fornecedor interno – equipes interdisciplinares e inter-funcionais para projetos prioritários).
Desenvolvimento da Performance Institucional com um sistema constante de avaliação e melhoria. O que foi planejado está sendo implementado? Como? Precisa ser melhorado?
Desejo de Continuar constância de propósito. Socializar o novo posicionamento e os novos valores através da determinação de comunicar o óbvio, repetir o óbvio, convencer, colocar em cheque. Como também a análise crítica periódica do próprio planejamento.
Difundir constantemente os resultados obtidos com os projetos prioritários em equipes e com trabalhadores em estado de auto-gestão. A constante alimentação do Painel de Controle da Organização. Gestão à vista – Contra dados e fatos não há argumentos.
A verdade é que a implementação do planejamento estratégico já demonstra a cultura de organizar-se e trabalhar com visão de futuro. O desafio estará na competência de comunicação na divulgação, monitoração e reconhecimento dos sucessos alcançados com o desdobramento de estratégias em ações.
A continuidade do processo de Gestão Estratégica da Qualidade está na capacidade de comunicar os acontecimentos, resultados e reconhecimentos. Procure levantar indicadores para acompanhar o sucesso e progresso da implementação do planejamento estratégico. Institua a avaliação permanente e transforme-se numa organização auto-sustentável. É um desafio para o líder, transformar-se em um “Arquiteto do Futuro” e não se dedicar somente às correções do dia a dia, como um “Engenheiro de manutenção”. O foco e posicionamento estratégico exigem que a organização esteja conectada com o ambiente externa, e totalmente atenta às fraquezas e forças internas. Como já aprendemos o futuro não é a mera continuação do passado. Precisamos programá-lo, planejá-lo, implementá-lo. Melhorar o presente para competir no futuro. Por isso precisamos de uma Liderança em processo de Aprender como se Aprende a ter visão sistêmica.
(O que é visão sistêmica? Consiste na habilidade em compreender os sistemas de acordo com a abordagem da Teoria Geral dos Sistemas, ou seja, ter o conhecimento do todo, de modo a permitir a análise ou a interferência no mesmo).
7. Formatação do documento estratégico
Utilizando a base de dados que a instituição conseguiu obter mediante a da vivência da metodologia de elaboração do Planejamento Estratégico, ela formatará o documento de premissas da instituição, ou seja, o Plano Estratégico.
7.1. Itens que devem constar do documento estratégico:
Capa com o nome da instituição, sua logomarca e o título; Objetivo do Documento; Participantes do Grupo de Planejamento
Apresentação da Instituição:Histórico; Perfil do Negócio e seus elementos; Representação gráfica do Fluxo do Negócio; Estrutura de trabalho – Organograma.
Diretrizes Superiores: Missão; Visão de Futuro; Crenças e valores; Objetivos Permanentes.
Plano Estratégico:Estratégias, Metas, Indicadores.
Plano de Ação: Um documento anexo deve constar todos os registros, fatos e fotos realizados no processo de Planejamento Estratégico até o Diagnóstico (FOFA).
8. Uma instituição moderna
Pois em sua jornada para a excelência estará sempre com as Marcas da Modernidade no Planejamento Estratégico.
8.1. Um moderno Planejamento Estratégico carrega marcas do tipo: Planejamento estratégico com a democracia do consenso. Arquitetura de formação de equipes auto-dirigidas e inter-funcionais. Times de Gestão Integrada (TGI). Engenharia da participação, posicionamento e comprometimento. Desburocratização do processo. Objetivo estratégico integrado aos objetivos táticos e operacionais. Visualização do Futuro. Análise de riscos e oportunidades. Abordagem preventiva - identifica os problemas antes de causar danos.
Este estudo teve por finalidade o desenvolvimento de líderes visionários, diretivos e efetivos. Pessoas que tenham pensamento estratégico e que conduzam a estratégia a partir da implementação do aprendizado institucional. A verdade é que a implementação do planejamento estratégico já demonstra a cultura de organizar-se e trabalhar com visão de futuro. O desafio estará na competência de comunicação na divulgação, monitoração e reconhecimento dos sucessos alcançados com o desdobramento de estratégias em ações. A continuidade do processo de Gestão Estratégica da Qualidade está na capacidade de comunicar os acontecimentos, resultados e reconhecimentos.
8.2. Pense sobre as questões abaixo: Dez perguntas que devem ser feitas sobre o planejamento estratégico na instituição.
1 – As metas estão associadas à missão da organização?
2 – O Planejamento Estratégico consegue identificar as principais oportunidades?
3 – O Planejamento Estratégico está preparado para os riscos?
4 – O Planejamento Estratégico já definiu seus clientes?
5 – A Instituição está acompanhando a concorrência?
6 – A Instituição conhece seus pontos fortes e fracos?
7 – O Planejamento Estratégico se baseia numa estratégia geral que faz sentido?
8 – Os números se justificam?
9 – A Instituição está pronta para as mudanças?
10 – Nosso Planejamento Estratégico é claro, conciso e atual?
Conclui-se que o planejamento estratégico é a grande alavanca para o desenvolvimento Institucional. Ele não pode ter “fim” em si mesmo. De forma isolada, é insuficiente, uma vez que o estabelecimento de objetivos em longo prazo, bem como o seu alcance, resulta numa situação nebulosa, pois não existem ações mais imediatas que mostrem o desdobramento e a operacionalização das estratégia
Planejamento Estratégico I (Clique aqui)
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Modelo de Formulário de Planejamento Estratégico
Pr. Ozéas Dias Gomes
Prfa. Débora Dias Gomes
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